Hoje, dia 04 de agosto de 2018, Roberto Burle Marx completaria 109 anos. Nascido em 1909, no estado de São Paulo, cresceu no estado do Rio de Janeiro, onde desenvolveu a maior parte de suas obras paisagísticas. Com pai alemão, Willem Marx, foi com sua mãe recifense, Cecília Burle, que despertou seu desejo pela botânica. Aos dezenove anos morou por um ano na Alemanha, onde teve seus primeiros contatos com os artistas de vanguarda que influenciaram seu trabalho.
Tornou-se o mais influente paisagista brasileiro, responsável por um extenso legado de projetos em território nacional e internacional, aventurando-se em variados campos artísticos para além do paisagismo, como a pintura, desenho, escultura, tapeçaria e artesanato, expressando compulsivamente sua visão de mundo e suas ideias.
Entre as principais obras, destacam-se o Aterro do Flamengo, 1961 (Rio de Janeiro); Paço Municipal de Santo André, 1965 (Santo André); Avenida Atlântica, 1971 (Copacabana); Banco Safra, 1982 (São Paulo); Biscayne Boulevard, 1991 (Miami); entre outros inúmeros exemplos.
Também vale destacar seu reconhecimento internacional como um dos principais paisagistas modernos, inclusive intitulado como o verdadeiro criador do jardim moderno pelo Instituto dos Arquitetos Americanos no século passado.
Atualmente, seu escritório ainda em funcionamento, recebe a terceira geração de arquitetos, após ter sido liderado pelo antigo parceiro e sócio de Burle Marx, Haruyoshi Ono, que faleceu este ano.
Roberto Burle Marx: Um mestre muito além do paisagista modernista
Ao caminhar pela exposição Roberto Burle Marx: modernista brasileira no Museu Judaico de Nova York, pode-se ouvir um suave barulho das ondas, misturado com o murmúrio de uma multidão ao ar livre. Uma narração em português, falada e cantada, flutua levemente indo e voltando.